Mitos sobre a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)

Braço de um homem de camisa social manga longa branca fazendo um joinha negativo sobre um fundo escuro, para explicar Mitos sobre a Hiperplasia Prostática Benigna

Muitos homens acreditam que os sintomas urinários fazem parte natural do envelhecimento. “Levantar várias vezes à noite para urinar é normal”, dizem alguns. Outros pensam que qualquer alteração na próstata é sinal de câncer. Esses mitos sobre a hiperplasia prostática benigna, no entanto, escondem uma verdade que poucos conhecem: por trás do desconforto e da demora em procurar ajuda, pode estar uma condição que tem tratamento e excelentes resultados quando diagnosticada a tempo.

A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é um aumento não cancerígeno da próstata, comum após os 50 anos. Apesar de frequente, o tema ainda é cercado por desinformação. E os mitos não apenas confundem, como também atrasam o início do tratamento, permitindo que os sintomas evoluam. Mas o que é fato e o que é mito quando o assunto é HPB? Essa resposta pode mudar a forma como você enxerga a saúde masculina.

Mitos sobre a Hiperplasia Prostática Benigna: o que a ciência já esclareceu

Um dos mitos sobre a Hiperplasia Prostática Benigna mais comuns é acreditar que ela sempre evolui para câncer de próstata, mas essa associação é incorreta. A HPB e o câncer podem coexistir, mas são condições diferentes, com origens e comportamentos distintos, e a HPB não aumenta o risco de desenvolver tumores malignos. Outro mito é pensar que apenas quem sente dor deve procurar o urologista. A maioria dos homens com HPB não sente dor, mas apresenta sintomas urinários como jato fraco, urgência para urinar e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Ou seja, ignorar esses sinais pode levar a complicações, como infecções urinárias e retenção urinária aguda.

Há ainda quem acredite que o uso contínuo de medicamentos resolve definitivamente o problema. Embora os remédios possam aliviar os sintomas, eles não impedem o crescimento da próstata. Em muitos casos, o tratamento cirúrgico é a opção mais eficaz e definitiva.

O medo da cirurgia

Entre os mitos sobre a Hiperplasia Prostática Benigna, talvez o mais difundido seja o medo de ficar impotente ou incontinente após uma cirurgia. Durante anos, esse receio fez muitos homens evitarem o tratamento cirúrgico, mesmo com sintomas graves. Mas hoje a realidade é diferente. Com técnicas modernas, como o HoLEP (enucleação prostática a laser), o risco de complicações é muito baixo e a preservação da função sexual é alta. Além disso, a recuperação é rápida e o resultado é duradouro. O medo, portanto, não encontra base científica.

O acompanhamento regular e o tratamento adequado da HPB, ademais, previnem danos à bexiga e aos rins. Por isso, adiar a cirurgia por medo pode ser mais arriscado do que realizá-la com segurança e acompanhamento médico.

Hábitos e crenças que confundem

Muitos homens acreditam que mudanças no estilo de vida bastam para resolver os sintomas da HPB. Embora hábitos saudáveis sejam indispensáveis, eles não substituem o acompanhamento médico. Manter uma dieta equilibrada, reduzir o consumo de álcool e evitar o sedentarismo ajuda, mas não interrompe o crescimento da próstata. Outro equívoco é pensar que “se não há sintomas, não há problema”. Em alguns casos, a HPB progride silenciosamente, sem sinais evidentes, até causar retenção urinária súbita — uma emergência médica. Por isso, a prevenção deve vir antes dos sintomas.

Veja alguns outros mitos sobre a Hiperplasia Prostática Benigna que ainda confundem muitos homens:

  • todos os medicamentos para HPB causam disfunção erétil;

  • a HPB só aparece em homens mais velhos;

  • o toque retal é sempre doloroso;

  • se urinar pouco, a bexiga está “descansando”;

  • chá ou suplementos naturais eliminam o problema.

Essas crenças, apesar de populares, não têm base científica. Apenas a avaliação médica e exames específicos, como o PSA e o ultrassom prostático, podem definir o diagnóstico e o melhor tratamento.

Mitos sobre a Hiperplasia Prostática Benigna e a importância do diagnóstico precoce

Entender os mitos sobre a Hiperplasia Prostática Benigna é o primeiro passo para agir com consciência. O segundo é não adiar a consulta com o urologista. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de controlar os sintomas e evitar complicações. O acompanhamento regular permite monitorar o crescimento da próstata, ajustar o tratamento e preservar a função urinária. Ignorar o problema pode resultar em situações graves, como insuficiência renal e infecções recorrentes.

Atualmente, cerca de 50% dos homens acima dos 60 anos apresentam algum grau de HPB. Mas a boa notícia é que, com os avanços da medicina, existem tratamentos eficazes, seguros e minimamente invasivos. A verdade é que, quando se trata da HPB, o perigo não está apenas na doença, mas também na desinformação. Muitos homens sofrem em silêncio, guiados por mitos que afastam o diagnóstico e atrasam a solução.

A boa notícia é que, com informação e acompanhamento adequado, é possível retomar o bem-estar e viver sem limitações. Se você identificou algum dos sintomas descritos ou ainda tem dúvidas sobre a Hiperplasia Prostática Benigna, procure um urologista. Desvendar os mitos é o início de um caminho mais seguro, e o primeiro passo para cuidar de algo muito mais importante do que a próstata: a sua qualidade de vida.