O câncer de próstata é uma das doenças mais comuns entre os homens acima dos 50 anos. Quando diagnosticado precocemente, tem altas chances de cura. No entanto, o tratamento pode gerar efeitos colaterais que afetam a qualidade de vida, como a incontinência urinária. A relação entre câncer de próstata e incontinência urinária preocupa muitos pacientes. Nem todos os casos apresentam esse sintoma, mas ele pode surgir após cirurgias ou outros tipos de tratamento. Sendo assim, compreender os motivos ajuda a lidar melhor com o quadro e buscar alternativas seguras.
O principal tipo de incontinência associada ao câncer de próstata é a de esforço. Isso significa que pequenas perdas de urina podem ocorrer ao tossir, espirrar, levantar peso ou praticar atividades físicas. Essa condição pode causar desconforto e insegurança no dia a dia, afetando a autoestima do paciente.
Como o tratamento pode influenciar
A cirurgia para remoção da próstata, chamada prostatectomia, é um dos tratamentos mais utilizados nos casos localizados da doença. Embora seja eficaz para eliminar o tumor, esse procedimento pode comprometer estruturas que controlam a urina. Isso porque, durante a cirurgia, músculos e nervos próximos da próstata podem ser afetados. No entanto, a maioria dos pacientes recupera o controle urinário com o tempo, especialmente com apoio fisioterapêutico.
A radioterapia também pode causar alterações na bexiga e nos tecidos ao redor. Isso pode levar a uma urgência urinária maior ou até à perda involuntária de urina. Por isso, é essencial acompanhar os sintomas e comunicar ao urologista qualquer mudança. Vale destacar que o risco de incontinência varia conforme a técnica cirúrgica, o estágio da doença e a idade do paciente. Cirurgias mais modernas, como a robótica, por exemplo, reduzem bastante a chance de complicações. A experiência do profissional também faz diferença nos resultados.
Câncer de próstata e incontinência urinária: é possível tratar os dois
Existem formas seguras e eficazes de tratar a incontinência urinária causada pelo câncer de próstata. A primeira etapa é o fortalecimento do assoalho pélvico. Para isso, são indicados exercícios específicos, como os de Kegel, orientados por fisioterapeutas especializados. Além da fisioterapia, algumas medicações podem ajudar. Em casos mais persistentes, no entanto, o urologista pode recomendar cirurgias corretivas, como o implante de esfíncter urinário artificial ou o uso de sling masculino.
Os principais pontos de tratamento incluem:
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fisioterapia pélvica especializada;
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controle do peso e hábitos saudáveis;
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acompanhamento com urologista;
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uso de dispositivos, como coletores ou absorventes;
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intervenção cirúrgica nos casos mais graves.
É importante lembrar que cada paciente responde de forma diferente. Por isso, o acompanhamento individualizado é essencial para alcançar bons resultados e recuperar a qualidade de vida. Mas a boa notícia é que, na maioria dos casos, a incontinência melhora com o tempo. Manter-se motivado e seguir as orientações médicas é fundamental durante esse processo. O suporte familiar e psicológico também ajuda o paciente a enfrentar essa fase com mais tranquilidade.
A ligação entre câncer de próstata e incontinência urinária existe, mas não deve ser motivo para adiar o diagnóstico ou recusar o tratamento. Quando tratado com atenção e acompanhamento adequado, esse efeito colateral pode ser controlado e, muitas vezes, revertido. Se você ou alguém próximo enfrenta sintomas urinários ou está em tratamento contra o câncer de próstata, procure um especialista. O apoio médico certo faz toda a diferença no cuidado com a saúde e na recuperação da confiança no dia a dia.
