Embora a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e o câncer de próstata afetem o mesmo órgão, elas são condições com naturezas totalmente distintas, tanto em suas origens quanto em seus impactos na saúde. Apesar de compartilharem sintomas semelhantes, como dificuldades para urinar, por exemplo, entender as diferenças entre elas é essencial para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz. Continue a leitura para saber o que realmente separa a HPB do câncer de próstata, incluindo sintomas, fatores de risco e opções de tratamento.
O que é Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)?
A Hiperplasia Prostática Benigna é uma condição em que a próstata cresce de maneira anormal, mas de forma benigna (não cancerosa). À medida que a próstata aumenta, ela pode pressionar a uretra, dificultando o fluxo urinário. Embora a HPB seja comum em homens mais velhos, ela não está relacionada ao câncer e não aumenta o risco de desenvolver câncer de próstata.
Principais sintomas da HPB:
Dificuldade para urinar ou fluxo urinário fraco;
Necessidade frequente de urinar, especialmente à noite (noctúria);
Sensação de bexiga cheia mesmo após urinar;
Urgência urinária;
Dor ou queimação ao urinar (em alguns casos).
O que é o câncer de próstata?
O câncer de próstata, por outro lado, é uma condição em que as células da próstata se tornam anormais e começam a se dividir de maneira descontrolada, formando um tumor maligno. Essa condição pode se espalhar para outras partes do corpo, mas é altamente tratável quando detectada precocemente. O risco de câncer de próstata aumenta com a idade e pode estar relacionado a fatores genéticos e hormonais.
Sintomas do câncer de próstata:
Dificuldade para urinar ou fluxo urinário fraco (semelhante à HPB);
Sangue na urina ou no sêmen;
Dor nos ossos (caso o câncer tenha se espalhado);
Dor ao urinar ou durante a ejaculação;
Perda de peso inexplicada (em estágios mais avançados).
Além disso, é importante lembrar que o câncer de próstata pode ser assintomático nas fases iniciais, o que torna os exames de rotina essenciais para a detecção precoce.
Hiperplasia prostática e câncer: entenda as diferenças
A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e o câncer de próstata, embora afetem a mesma glândula, têm origens, progressões e tratamentos completamente distintos. Conheça alguns fatores que as diferenciam:
Causa: a HPB é um crescimento benigno da próstata, enquanto o câncer de próstata envolve o crescimento descontrolado de células cancerígenas;
Risco de câncer: a HPB não está associada a um risco aumentado de câncer de próstata, enquanto a presença de câncer de próstata envolve um risco claro de disseminação para outras partes do corpo;
Sintomas: embora ambos possam causar dificuldades urinárias, o câncer de próstata pode também provocar dor, sangue na urina e outros sintomas que indicam a presença de um tumor maligno. A HPB, por outro lado, geralmente está limitada aos sintomas urinários;
Progresso e gravidade: a HPB é uma condição não fatal e, muitas vezes, pode ser tratada eficazmente com medicamentos ou procedimentos cirúrgicos. O câncer de próstata, no entanto, pode ser fatal se não tratado adequadamente, especialmente se for detectado em estágios mais avançados.
Tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna
O tratamento para a HPB visa a aliviar os sintomas urinários e melhorar a qualidade de vida do paciente. Algumas das opções são:
Medicamentos: os alfa-bloqueadores, que relaxam os músculos da próstata e da bexiga, e os inibidores da 5-alfa-redutase, que ajudam a reduzir o tamanho da próstata.
Procedimentos minimamente invasivos: uma das opções mais modernas e eficazes para tratar a HPB é a Enucleação Endoscópica da Próstata com Laser Holmium** (HoLEP)**. Esse procedimento minimamente invasivo utiliza um laser para remover completamente o adenoma (a parte central da próstata) por via endoscópica, sem necessidade de incisões abdominais. Desse modo, a técnica HoLEP é altamente eficaz e oferece uma recuperação mais rápida em comparação com outros métodos tradicionais, proporcionando alívio significativo para os sintomas de obstrução urinária.
Cirurgia: Nos casos mais graves, pode ser necessário realizar uma prostatectomia para remover a porção central da próstata. Podendo ser realizada por via aberta, laparoscópica ou robótica.
Tratamento do câncer de próstata
O tratamento do câncer de próstata depende do estágio e da agressividade do câncer. Dessa forma, as opções de tratamento são:
Vigilância ativa: em casos de câncer de próstata de baixo risco, o médico pode recomendar monitoramento regular sem tratamento imediato;
Cirurgia: a prostatectomia radical, que remove a próstata, pode ser necessária para tratar o câncer localizado;
Radioterapia: utilizada para destruir células cancerígenas em estágios mais avançados ou quando a cirurgia não é uma opção;
Terapia hormonal: usada para reduzir os níveis de testosterona, que podem alimentar o crescimento do câncer;
Quimioterapia: em casos de câncer metastático, a quimioterapia pode ser usada para controlar o câncer em estágios avançados.
A detecção precoce é essencial para garantir o melhor tratamento possível. Por isso, realizar exames regulares, como o PSA e o toque retal, é fundamental para detectar qualquer anormalidade na próstata. Desse modo, consulte sempre um especialista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.